segunda-feira, 15 de setembro de 2008

EM POETIZANDO A VIDA PARA SER FELIZ LEIA A SÉRIE DE POESIAS REGIONAIS






~*~> Clique aqui p/ Imagens e Músicas








A poesia o canto da cunhã poranga foi

reconhecida como poesia

de qualidade

em 17 de setembro de 2008.


















O Canto da Cunhã-Poranga

Autora Cleide Regina Ribeiro.

Canta cunhã-poranga
Que tarde já vai chegar.

A bela formosa tinga...

Na Ana- balança...


Canta minha cunhã
Teu canto vai acalmar.

Que o belo pyatã.

Te olha de outro lugar.


Canta por tuas portyras.
Também para nhandé-jará ...

Protege das queimadas

E Vem abençõar.



Espalha todo seu canto.

Pedindo proteção...

Daquele que é homem branco.

Que não tem coração.

Canta enquanto ele,
Não te viu cantar.

Pois até mesmo seu canto...
Ele vai querer roubar...














CUNHÃ
PORANGA EQUIVALE À MOÇA BONITA

TINGA É FLOR bRANCA

ANA--TRONCO DE FLORES BRANCAS.

PIATÃ= INDIO FORTE VIRIL.

PORTYRAS SIGNIFICA FLORES

nhandé-jará SIGNIFICA JESUS CRISTO


A morena trigeira

Homem que se vai.
Abraço que ficou aqui.
Numa tarde colorida, cai
Cor de açaí.
Com Jabá.
Cor de arara azul.
A cantar...

Mulher que fica.
Trigueira serteneja
A brindar a vida
Mesmo sendo uma peleja
Não chora mais a partida.
Só lamenta que seu abrir.
De boca, de pernas, de coração.
foi o verbo, prazer e sentimento a fluir.
Para seu bem querer.
Mas ele só prazer.

Filho que nasce sem pai.
Tarde que cai vermelha de sangue
Com a sombra e uma palmeira.
parindo em baixo de um mangue
Que uiva no vento a dor da trigueira
fértil terra de sementeira.
Sertaneja tem alma, tem corpo, verbo coração a trigueira.
Mas é somente chamada de mãe solteira.













MINHA FÊMEA ASSIM.


AUTORIA :CLEIDE REGINA RIBEIRO

Foi com espírito de ventos.
A magia das àguas.
O segredo de Iara,
Coração da mãe d'água,
Com meus isntintos de índia.
Meus laços de cipó...
Minha mata interior.
Que termina na praia
Meu pescador de fazer dó.
Que se solta da minha saia.
Se lançando no mar.
Pra pegar uns pescados.
E ganhar seus trocados ...
Para nos sustentar.

Foi com minha alma de flor.
Uma fogueira na areia.
Uma fogueira eu sou no amor
Que cantei meu canto de sereia.
Que dancei minha dança de cigana.
Me aproximei, te queimei com as chamas.
Pra provar meu furor.


Foi com espírito de tempestades.
E com toda voracidade.
Naquela praia deserta.
Instinto avassalador.
Sempre voraz em qualquer idade.
Que eu te dei meu amor.
Como um canto sem fim.
Minha fêmea interior, é assim.
























SENTIMENTOS

CLEIDE REGINA RIBEIRO

CADA VEZ QUE CAI ESTE SERENO,
MINHA ALMA VAI LÁ PRA FORA
BUSCAR UM NOVO SENTIMENTO...
MEU OLHAR SE PERDE NA AURORA,
DO DIA AMANHECENDO.
ESCREVO VERSOS A LÁPIS,FEITO CRIANÇA.
NA CAIXA DO VIOLINO, NA MESA DA VARANDA,
AS PITANGUEIRAS NAS BARRANCAS ME LEMBRAM A FESTANÇA,
ONDE PINTAVAS MEUS LÁBIOS,COM O LARANJA DA PITANGA.

ONDE JUNTAVA UMA PORÇÃO DE FLOR-DE-LARANJEIRA,
PARA FAZER UMA GUIRLANDA,ENFEITAR A MINHA TESTA,
ME AMANDO UMA TARDE INTEIRA.
COM SEU OLHAR EM FESTA.
JOGANDO ÁGUA-DE-CHEIRO NO MEU VESTIDO.
ME FAZENDO NOVA SERESTA.
DEIXANDO MEU OLHAR TÃO PERDIDO...
POR ENTRE A JANELA E A FRESTA.
DEPOIS DE VOCÊ JÁ TER PARTIDO



REVOADA POETICA

UM REVOAR PELOS MEUS POEMAS,
ESTA PUREZA DO PASSARINHO,
MAS NÃO MUDAM OS TEMAS,
AMOR,SENTIMENTO, DE UM CORAÇÃO SOZINHO;

ASAS GIGANTES NOS MEUS IMENSOS SONHOS,
ARCO-ÍRIS BRILHANTE DAS MINHAS DIVAGAÇÕES,
HOMENS DISTANTES, PERTO DO QUE COMPONHO,
HOMENS DE OLHOS CHEIOS DE CANÇÕES.

VOE PÁSSARO BONITO, FAÇA VERÃO.
NA MINHA ALMA POETA,
NO RITMO DE ASAS FAÇA CANÇÃO.
COM PALAVRAS DE MINHA'ALMA LIBERTA.

PROVE DESTEMIDO O GOZO DE MINHAS EMOÇÕES.
POR MUITAS LUAS,E PELO TEMPLO DA ALVORADA.
OUÇA SEM PRECONCEITOS OS GEMIDOS DE MINHAS DIMENSÕES.
QUE SÃO SEMPRE SONHADAS DE MADRUGADA














VOA CORAÇÃO DE PASSARINHO.


AUTORA:CLEIDE REGINA RIBEIRO.

VOA, VOA CORAÇÃO DE PASSARINHO
VAI COLORINDO O CÉU AZUL A ESVOÇAR,
VAI PROCURANDO UM CORAÇÃO PRA FAZER NINHO.
E VAI LEVANDO A PAIXÃO DO MEU OLHAR.

VOA, VOA, CORAÇÃO DE PASSARINHO.
E SEU CANTO JÁ ALEGROU MINHA MANHÃ.
DE CANTO EM CANTO JÁ GANHOU O MEU CARINHO.
E GANHOU DE MIM UM PEDAÇO DA MAÇÃ.

VOA, VOA CORAÇÃO DE PASSARINHO.
QUE O TEU SOM VIVE DENTRO DE MIM,
AMEI VOCÊ E DEIXEI SEGUIR O SEU DESTINO
E SE TE PRENDESSE,DO TEU CANTO ERA O FIM...


VOA, VOA CORAÇÃO DE PASSARINHO,
ESPETALANDO, VAI ENTÃO DE FLOR E FLOR,
SEI QUE AINDA TEM UM CORAÇÃO MENINO,
QUE NÃO CONSEGUE ENTENDER O MEU AMOR.

VOA,VOA CORAÇÃO DE PASSARINHO.
TRATO VOCÊ COMO UM PASSARINHO REI,
E SE GOSTAR VOLTARÁ BEM DE MANSINHO.
PARA ME AMAR, COMO SEMPRE EU TE AMEI!





Agora você não me quer

Cleide regina Ribeiro


Agora que você não quer...

Então te ouvirei em todo lugar.

Com a saudades de mulher,

No chocalho maracá

O teu som vou escutar.

Vou te sentir

No canto do sabiá.

Na folha do mururé

Vou te ouvir no pandeiro

Ou pela sombra do açaisal

E te querer, aventureiro

Sem nunca te fazer mal


Se não é chuva, não é

Também não vou lacrimejar

Agora você não quer...

Tua melodia vou escutar

No saculejar da casca do Sassafrás

que vontade de chorar.

Será a pena de um papagaio?

Será a pena que a gente tem

Será brilho de um raio?

Serás enfim, o meu querer bem.

Sem fim?

Teu canto trago no peito

E ouço Brasil inteiro.

Porque agora,

Sua voz doce já mora

Dentro de mim






















Trem das horas


Cleide Regina Ribeiro

Tempo, senhor da razão,
È um trem de anseios,
Sem rimas e freios,
Apenas o tempo,
Que passa na estrada.
No tempo da chuva,
No tempo da àgua,
No tempo da praga,
No tempo da terra,
E o tempo da flor,
No tempo do amor,
É quando nasce o sol,

Na hora das trévas,
Aurora se espera,
No trem que sem tréguas
Percorre esta terra,
Chamada ansiedade,
Sabor de desej0s,
De muitas vaidades

Apressa este tempo
Pra que chegue logo
Ou segura esta hora
Pra nunca ir embora,
O momento de amor,
Que por nada troco,
Que não é só desejo.

Trem mais ingrato,
Me devolva o passado,
De que tenho saudades,
Leve em trilhos de aço,
A tristeza indo embora,
De perder mocidade...
Num som metal-estilhaço,
Responde à vida que chora,
Num balanço e cansaço
Que tudo tem hora.


AMO VOCÊ.

AUTORA: CLEIDE REGINA RIBEIRO.

O QUE NÃO TINHA PALAVRAS,
TINHA SIM: EU TE AMO; NOBRE SENTIMENTO.
MAS NÃO TINHA NEM LÁGRIMAS,
NEM HAVIA SOFRIMENTO,
MAS TAMBÉM NÃO TINHA, VOCÊ AQUI,
ENTÃO VI AS GOTAS DE ORVALHO...
REPRESENTANDO MEU PRANTO,
SERPENTEANDO PELO GALHO,
TAMBÉM A ABRIGAR DOCE ENCANTO...

JOÃO-DE-BARRO CONSTRUIR TEU LAR EXUBERANTE.
NO GALHO QUE CHORAVA EM PAZ NO MEU LUGAR.
CONTENTE COM SEU VÔO RAZANTE,
PINTANDO A TELA DO VERDADEIRO AMAR.
E VIBREI COM A NATUREZA,
EM MIM, ABRIU- SE O SORRIR AQUI DENTRO
PRESENTE NESTA RARA BELEZA,
NAS SAUDADES DE VOCÊ, VOCÊ EM MEU PENSAMENTO.
LEVANDO PARA A LONGE A TRISTEZA...
SEM DOR, SEM ESPERANÇAS MAS SEM ENGANO.
ME TROUXE A PAZ E A LEVEZA.
E A FELICIDADE PORQUE, EU TE AMO.













Um tempo com você.


Cleide Regina Ribeiro

Me deixastes ser novamente uma guria,

Com amoras na barra do vestido,vermelho na boca,

Me chamas sempre de moça, me tratas como menina.

E neste sorriso tímido das fantasias se envergonha...


Hoje a chuva molhou meus ipês,minhas azaléias,

Fazendo-me rememorar o suor em seus cabelos e na fronha.

Não deixando amargura, nem permitindo-me chamar de velha.

Contigo acho realejo,tiro a sorte ganho flor roubada.

E me beijas a mão de maneira erótica e respeitosa....
É capaz de namorar,bom moço, no banco da praça.

E belinho e calminho me trata como uma rosa.

Me sinto uma árvore e seus misteriosos segredos,

Que vive do céu e do subsolo ao mesmo tempo,

Traço uma lista de agradecimentos,

Que jamais se perderão no vento.

Exageradamente feliz te dou meu avêsso.
























Saudades


Cleide Regina Ribeiro

Aqueles dias ócios de ternura...

Chegaram voluptuosos e macios,

Pareciam longos de chuvas...

Mas eram quentes naquela companhia ,
Nos longos dias frios,

Onde escurecia rápido o dia.

Eu trago um verso vaporoso, na dor

Que se escapa, na calada da ilusão...
E busco um instante de paz e côr,

Na nobre generosa emoção.
A tinta prata do luar escorre,

Na tinta vermelha do meu coração...

Espera viva na claridade que morre,

Pelo sol vermelho da imensidão...

























ESQUECER.


CLEIDE REGINA RIBEIRO

ESQUECER ESTES OLHOS DISPERSOS...
MAS COMO? TODO DIA...
UMA ANDORINHA POUSA EM MEUS VERSOS...
E O TEU NOME PRONUNCIA...
ESQUECER A COR DE TEUS CABELOS
MAS VEIO AO VENTO UMA FLOR
QUASE DESPETALADA, EM TANTO DESESPERO...
LEMBRAR-ME A SUA CÔR...
ESQUECER TUAS PALAVRAS...
MAS VEIO UMA GRALHA
REPETINDO SUA NA FALA
SUA VOZ, SEU NOME QUE ATÉ QUASE ME EMBALA...
ESQUECER TUA PAZ, TUA CALMA...
MAS VEIO O VENDAVAL SACUDIR MEU BOM SENSO,
DESCREVENDO TUDO DO SEU CORPO E TRADUZINDO SUA ALMA...
ESQUECER VOCÊ QUE ME TROUXE TANTA FELICIDADE...
VOLTAR PRA MINHA VIDA.
ACHAR AS SOMBRAS, O FRIO, AS DORES E O VAZIO...
E VEIO À MINHA JANELA PROCISSÃO REZANDO UMA MESMA LADAINHA
A REZAR NOMES, TEU NOME. QUE É QUASE MEU CIO...
UMA COISA QUALQUER DA NATUREZA VEM AQUI
ME FAZER LEMBRAR DE TUDO OUTRA VEZ...
DIZER QUE VAI LEVAR VOCÊ DE MIM,
E PORQUE NÃO FEZ...
MAS PARA QUE TANTO SOFRER...
SOFRER,ARRUMAR PRAZER E NÃO ESQUECER.
PRA Q CHORAR ASSIM...
SE PRECISO ESQUECER.
QUEM NÃO QUER SABER DE MIM




























PAIXÃO BRASILEIRA

Não há pertencer,
Há este querer bem,
Não há como não querer,
Mas ninguém é de ninguém.
Existe uma felicidade,
A espera, uma ariana,
Guardada tanta vivacidade...
Da alma que muito ama,

Não vê o cristal?
E tantos segredos...
sorrisos, cumplicidade, aval...
E tantos lindos desejos,
Não vê quanta poesia?
Nasceu do nosso amor?
E quanta melodia...
Nascendo de tua alma como flor?

Agora tem mais céu, mais luar.
Tem vaga-lume brilhando mais,
E tantas aves a cantar,
Rio correndo em paz,

Tem nascente em mim,
De águas cristalinas,
Um canto de sereia sem fim,
Nos olhos de menina,

Tem sol em você,
Brilhando para a felicidade,
De muito bem querer,
De ser amado de verdade





















VENHO DO BRASIL


Cleide Regina Ribeiro


VENHO DE LONGE.
TENHO NAS MÃOS
OS MEUS SONHOS,
VENHO DE ONDE
TEM LINDA CANÇÃO
DE BOSQUES RISONHOS.
DE AMORES VIVIDOS,
DA BELEZA INTERIOR,
NÃO SE ACABARÁ.
ALMEJO CORAÇÃO QUERIDO.
QUE SE ACHEGARÁ
NO ACONCHEGO DE MEU AMOR.
DE ONDE VENHO...
NÃO AMO CASCA.
AMO CORAÇÃO.
CORAÇÃO É O QUE TENHO
DE IDÉIAS NÃO CASTAS.
DE AMOR E DE PAIXÃO.

















Alma sertaneja


CLEIDE REGINA RIBEIRO


Alma sertaneja.
De esfera lua...
Olho que pestaneja.

A espera tua,

Alma Nua.

Vaga-lume
amor sem ciúmes. brilho verde,
inseto majestoso, ilumina a flor,acende.
faz inveja ao sapo viscoso
que não tem seu esplendor...

Canta grilo,noite quente.

Atravessa a melancolia...
De querer teu corpo quente.

Pra depois ficar fazendo poesia
Solitária, carente.
Que noite de estranha primavera é essa?

Que meu desejo atravessa...

Noite setaneja em silêncio

Onde céu estrelado
Em cheiro de mato e Natureza...
E no meio de tanta beleza...
A tua beleza não vejo.
Choro sua ausência em dor.

Espero conseguir seu amor.




























História de dois passaros

Havia resolvido, na hora sofrida, No momento de dor,
Ser adorável,com todas as coisas e com a vida
Com a noite , com o dia,com meu amor,
Com quem me detestava me chamando de querida.
Ser com o frio e com o calor, com os animais
Com as flores,Com as crianças, com tudo e com minhas rivais.

Mas não eram rivais do homem que eu amava,amando somente eu estava.
Que amava outra, que amava outro,outra quem a meu homem amava
Que não era meu homem, porque nada me pertencia nada a vida me dava.

Não era meu, nem nunca seria nem eu mesma era minha, e eu conquistava.
O direito de ser feliz, o direito apenas de estar,
Feliz ao lado de quem eu tanto desejava,
Que não conseguia me amar,
Como a ele eu tanto amava.

Ele solto eu presa no ninho,
Queria a fêmea que pudese voar,
Eu cuidava de outros filhotinhos..
E presa ouvia ele cantar.
















A Lagoa

Cleide Regina Ribeiro.
Eu chorei lá na lagoa,
Por todos seus afogados,
Mas tambérm chorei por uma pessoa,
Que me abandonou no passado.

Quase morri naquelas águas.
Mas foi mais de amor
do que de afogada.
Hoje Quase morro de
mágoas. Porque do meu matreiro, sobrou nada.

Ele vinha sempre de
madrugada
Todo pomposo de
roupas brancas como o luar.
Me amava, me chamando de
bela amada.
Até o dia clarear.

Até que uma cabocla maliciosa,
Prendeu o coração do menino,
Minhas entranhas bem sequiosas,
Choraram
de soluçar meu destino,

Guardou minhas alegrias,
Meus sonhos, meus segredos,
Marcou muitas vidas,
E deixou saudades, soluços e medos.






















PASSARADA


CLEIDE REGINA RIBEIRO

Bem-te-vi cantou faceiro.
Me avisando das saudades.
Vejo os teus olhos no mundo inteiro
Meus olhos esboçam vontades

Na janela sussurrou azulão.
Que ilusão não adentra mais na tapera,
Mas ainda tem tanto de vocênomeu coração.
Fazendo despertar a primavera...

E na chuva dançava a andorinha.
Mostrando a beleza do amor,
Rememorando aquele dia...
Em que você me ganhou!
























Chora Manhã de Primavera


Cleide Regina Ribeiro

Chora manhã de primavera...
Chuva regando a flor,
Chora mágoas caindo por terra,
Por jogar fora o mais puro amor...
Novas sementes estão nascendo,
sempre haverão novas flores...
As antigas vão morrendo
Vão brotando verdadeiros amores...
As pérolas disperdiçadas.
Voam com as pétalas,ao vento
Não bebo pra esquecer as mágoas...
Apenas não vou mais disperdiçar meu sentimento.
Apenas encaro e enfrento
Com novas flores não esmoreço
Apenas não entendo...
Pra quê o desprezo.
Por nobres sentimentos.



















O amor


Cleide Regina Ribeiro

Veio o florar da primavera surgindo,
Arvores tristes, renascendo enfim
Transformando este dia lindo
O amor ressurgindo inteiro em mim,

Desde que te conheci,
A minha alma, dentro de mim mudou,
Tão encantada com o que eu vi,
Foi um vazio do passado que acabou.

Um caboclo menino canta feliz pra mim,
Festeja o nascer de um novo dia,
Junto aos os passaros que revoam alto sem fim
Agradecem ao criador com sinfonia...
























Sonho pescador.

Cleide Regina Ribeiro

Eu quis ver o belo pescador de barca bela,
Passar na tranqüilidade azul.
Quisera roubar seus triceps para minha tela.
Quisera ser bela como tua barca e pescada feito sereia.
Amar-te bela na sua areia.
Eu quis o branco de sua rede, para minha novela
Eu quis o agito do mar para seu coração.
Eu quis guardar o mistério do tempo, mas não tinha as mazelas.
Eu quis as madeixas de princesa do mar.
Mas as minhas estavam velhas...
Somente para conquistar.
Meu maior sonho meu pescador?
Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Mesmo sem os encantos, sereias.
Afeto e canto das baleias.
Não quis ver sugado pelo toque do trovão.
Deita o lanço com cautela,
Que a tua amada canta bela...
Mas cautela, meu pescador cantador,
Não se enrede a rede nesta,
Que é tão carente de amor.
Que perdido é remo e vela,
Só de ver-te,Oh pescador.
Pescador da barca bela,
Foge desta que tanto deseja seu amor.
Inda é tempo, foge desta,enquanto seu barco não naufragou.
































AMOR


Nas saudades vão lembranças tantas.
Na canção teu amor vivendo em mim,
No prazer que tivemos nas surdinas quantas,
Nestas coisas do amor que não tem mais fim.

E vaga meu espirito saindo de meu corpo,
Busca a paz sem você comigo,
Reflete a infantilidade de seu rosto,
Procura um novo abrigo.


Espiríto silente, vagando no silencio dos monges,
Canto dos pássaros,na casa de palha, no ninho.
No dia de sol, na tempestade também,nos montes.
Na dor de quem já sabe ser feliz sozinho


Na cor sugestiva do vinho,
Passeia meu espirito silente,
Com saudades de seu carinho.
Quando estás ausente....

Na paisagem verde à minha frente,
Passeia meu sentimento em flor,
Alegre, confiante, contente,
Por ser apenas amor.





Volte para sua trigueira.


Cleide Regina Ribeiro

Volte para sua trigueira.
Balança mar em mim
Balança o coração assim
Amor e dor não rimam mais enfim.
Só pode ser
A rima de prazer.
Até se doer ...
Dói gostoso este sofrer.


Balança uma palmeira

Balança a roupa da trigueira.

Estendidas nas paineiras.
Balança a saudade.

Ainda balança a vontade.

Ainda tem coração.

Paçoca de um pilão.

Café torrado na hora.

Amor selvagem na aurora.




E ainda tem
O balanço do trem.
Que se vai bem além.

Levar o meu bem.

Pra bem longe de mim.
Fazendo dor assim.
Das saudades gostosa.

Ainda tem um feijão.

Esperando pelo meu bem querer.



Ainda tem um coração.

Que balança sem querer.

Ainda tem a paixão.

Que balança todo este ser.

Volte trem que ainda tem
Uma trigueira desejando você.

E volta amigo amante.
Desiste deste mundo errante.

Não és mais principiante.

Ainda tem fogueira.

Ainda tem festança.

Meu olhar de criança.
..
A esperar teu corpo que no meu balança.









CAVALGADA

Viajo sonhos num cavalo que até muda de cor.
Cria asas me fazvoar pelo amor.
Libertação de desejops e sentimentos.
Doces versos com estradas de ventos.


Vou esquecendo o caminho do passado.
Porque do passado.
Só quero as lembranças de bons momentos.


Cavalgo a liberdade.
De amr quem eu bem quiser.
Sem obstaculos e porteiras.
Levando em cada tranco os segredos de mulher.



E uma gota de saudades.
Colhidas de muitas beiras.Vou serena pela estrada ...
Que me leva até você
Pra disparar o coração.
Te roubar daí e levar pra cavalgada.



Descansar teus ais na galopada.
Passando veloz espantando a passarada.
Tirar teus cabrestos.
Momentos nosso e mais nada.


amor enluarado



Veio a lua rasgando para me chamar.
Mostrava na janela coisa bonita de se ver.
Por enquanto era só folha, que virou flor.
Que foi meu fruto, que virou um amor.
Um amor de lá.Que caiu cá.
Na paz das águas boaiva a flor.
Navegou e veio me perfumar.
No galho da saudade nascia amor.
Rasgou a lua nocéu e caiu no cheiro do Mato,
Nas asas de um pássaro, na rede, na voz de um cantor.

Veio o véu noturno.
Me cobrir com um manto.
De um garoto soturno.
Que me encheu de encantos.
Veio ligeiro num canto.
De sabiá e beija-flor.


Veio o luar.E me fez despertar...
Para a cantiga do acordar.
Acordar para vida.
Para os frutos do sabor.
Os perfumes da doce flor.
O mel da selva.
O sexo da relva.
Uma vida estradera.
Um banho de cachoeira.
Ao luar...










Nenhum comentário: